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Destaques

A VERDADE na Guerra: Quem é o Homem do Castelo Alto? Isto é um jogo!?

 *Atenção, esse texto só leva em conta os eventos ocorridos até o final da segunda temporada de O Homem do Castelo Alto. Essa fase pode ser um ciclo fechado ou pode ser um ciclo fechado que se reúne a outros ciclos, e então poderíamos ver alterações que mesmo aparentes, não modificam a essência dos primeiros arcos (1a e 2a T) Na sala da minha casa com os Dvd’s piratas dos amigos da minha irmã, em muitas daquelas tardes nós assistíamos Naruto; o arco do Sora é um dos que mais me recordo, começa especificamente no episódio 57 da 3T , justamente porque o discurso do “rei e os peões” ficou gravado em mim e se tornaria parte da minha construção. Asuma-Sensei, que considero como um professor virtual, tem grande papel nisto, ele usa o esquema do jogo Shogi “o jogo dos generais” para se movimentar e explicar como o mundo acontece, contudo, esse arco é todo baseado neste jogo de poderes. O episódio 63 se conclui com o Sora segurando a peça “Rei”, quando anteriormente nos é apresentado o confli

1 MIN PARA A MEIA NOITE: O ANJO VERMELHO DE LAURA. DORMINDO...

 


Uma águia sobrevoa os picos gêmeos. Ela é capaz de ver tudo, tem conhecimento da vida de todos os habitantes da morosa cidade. Ela é os olhos, o tato e o olfato da Investigação, mas o seu espírito se chama Dale Cooper.

Como já havia explicado nos artigos sobre o enredo do filme Efeito Borboleta, este resumo é mais uma peça para aquele mesmo assunto que se esconde atrás da ideia das viagens temporais: quantas pessoas realmente foram movidas pelas ações de Evan? E se somarmos a isso as ações do pai de Evan que, aparentemente, são anteriores? Como já foi dito, temos por um instante a ilusão de que todas as modificações estão restritas aos personagens que nos são apresentados. Contudo se você fizer uma viagem pelo tempo e mudar o curto trajeto de um único alguém por mais aleatória que seja a escolha dessa pessoa...? (vamos chamar esse alguém sem importância alguma de Garoto, apenas para poder esclarecer a ideia) Todos aqueles que a veriam, aqueles com quem entraria em contato direta ou indiretamente, as impressões que teria causado, as ações por menor que fosse que teria praticado... tudo isso se apagaria e tudo o que tudo isso gerou nas pessoas que estiveram diretamente relacionadas a essa circunstância jamais teria ocorrido e ainda mais o que outras pessoas através de um contato secundário com aquelas primeiras pessoas que se moveram a partir do que receberam dessas últimas apenas porque essas receberam daquele inofensivo trajeto percorrido por aquele alguém “dispensável” por sua vez também não teriam lugar sequer no reino dos pensamentos. Como vês, não precisas mexer com muita gente para que o mundo por onde você começou tudo isso de repente vire uma tela de Tv preta cujo sinal se escapou para longe da eletricidade e nunca realmente existiu!... Talvez isto te lembre Twin Peaks!

Talvez seja porque o mundo é a morada de um único homem! Você mesmo.



Por aqui não vou utilizar o significado original dos criadores da série (TP), mas somente minhas próprias percepções e concepções e se houver algo realmente compatível, pode significar que ou estamos bebendo da mesma fonte ou como eu disse, o mundo é mesmo pequeno demais tentando ser grande. O que quer dizer o mesmo.

Laura Palmer, então, é o nosso Garoto. Até a segunda temporada fiquei presa à ideia de que a trama girava em torno de Laura Palmer e o agente Cooper, considerando mais fortemente que Cooper fosse o ponto inicial, mas isso foi mudando. Eu vinha sonhando de modo intenso e recorrente com a série, algo inusitado, por não me ver tão conectada a outras séries ou mesmo filmes. Meu primeiro sonho com Laura, que na verdade foi apenas um trecho como que num distúrbio de sonolência se deu no dia 06 de janeiro (2023) contando para o fim do ano 359 dias. Há um texto meu que você teria que consultar a respeito do Prisioneiro 3.5.9. que ajuda a entender isso, do meu ponto de vista.

No dia de hoje (10/02/23) ao meio-dia fiz algumas conexões incríveis para a minha história. Há muitos e muitos dias no quintal ao lado, uma ave ficava piando terrivelmente, o som era similar a voz humana ao mesmo tempo em que parecia que as paredes de sua garganta se iam rasgando dolorosamente. Não lembro como e quando comecei a lembrar de Laura, mas esta foi a primeira vez que conectei os gritos que ela dá na série à própria natureza da coruja. Eu costumava comentar que aquele ave no outro quintal chiava como gente! Mas a minha surpresa mesmo viria quando comecei a construção desse texto (as dezoito e meia), notei que o meu primeiro sonho me revela justamente essa informação, há um trecho que diz “então, ela, Laura Palmer, realmente lança um grito similar a uma ave noturna – isso foi bem feio e medonho”. Até este momento eu estava cega para estas coisas, contudo estas coisas se uniram para este momento.



O meu sonho também relata que a sombra dela se assemelhou a uma árvore e realmente eu especifico, mas você notou que toda a simbólica da série está centrada também nas árvores e que a própria Laura faz o sinal em libras para Árvore? Eu vou explicar isso em outro lugar, contudo o que quero dizer é que realmente os sonhos nos revelam coisas e há muitas explicações para isso, mas posso usar a original do Cooper, ele esteve em contato com todas as testemunhas (os personagens da série) e com alguma habilidade já bem treinada ele podia extrair de todos esses olhos, tatos e olfatos tudo o que ele pudesse para organizar a cena do crime! Para entender melhor sugiro O Mentalista.



Somente no dia 09 de fevereiro eu vim a ter um sonho de fato profundo e tão nítido e direto com a Laura Palmer de modo que me deixou pensativa ainda mais, talvez tenha sido por isso que hoje passei a pensar mais fortemente nela. No meu sonho a Laura Palmer morre uma segunda vez, embora ela tenha assumido outra identidade, literalmente, que é o que acontece na série, ou pelo menos o que interpretei, ela é jogada para outra realidade, uma na qual os personagens anteriores não existem mais, e ali se responde à pergunta que  David  Lynch fez para nós: Quem é o Sonhador?

Obviamente essas coisas vieram primeiro da cabeça dele e de seu colega, então a princípio ele é o Sonhador que quer fazer parecer a nós que nós é que estamos imaginando essas coisas, mas é claro que é uma metáfora para as existências, bem, é o que a maioria, com razão, deve ter concluído... Qualquer sonho, bom ou ruim, complexo ou claro, ainda é uma coisa de louco!

Na minha percepção, no momento em que Dale Cooper apaga a morte de Laura, ele apaga todos os eventos que o conduziram até o último capítulo e isso é o mesmo que dizer que nós telespectadores nunca assistimos à Twin Peaks! Aposto que nós nos assistimos mesmo, contudo ele deixa sugerido algo, e uma sugestão é o suficiente para começar algo de novo ou algo do novo... A questão é essa, ele pode ter apagado tudo, mudando os destinos de todos os antigos personagens, mas por que ele Dale Cooper se recorda do passado que nunca existiu? E mais principalmente, por que Laura Palmer ainda grita como antes, como se se lembrasse? E por que a marca de Judy está nessa pseudo-nova realidade?

Perceba o cavalo branco

Podemos pensar que há muitas linhas do tempo e os artistas das viagens temporais vão pulando de uma e outra, mas devemos considerar que a lembrança resistente de Cooper e a persistente intervenção das entidades sobre Laura talvez queiram nos dizer que há uma realidade intacta e retilínea acima desse emaranhado de alternativas, pode ser que ela não seja um império indestrutível, pois desde que Dale se lembrar, então ele tem a oportunidade de subir até os degraus que ocultam esse lugar, mas isso também quer dizer também que ele está em zonas de poder mais baixo... um ciclo que é o que parece nos dizer o último episódio, sem fim e sem começo, numa angustia aparentemente eterna de não saber mais para onde ir... O Anjo pelo qual Laura esperava, alimentando suas três crianças, precisa avançar em passos mais altos até a morada de Judy, de onde ela governa imprimindo nos emaranhados existenciais a sua marca soberba de destruição e confusão.

A vontade para escrever esse texto só veio depois de eu assistir seguidamente pela primeira vez à série Travelers e me deparar a este assunto no terceiro episódio em que um dos viajantes atacado por algum distúrbio moral ou psíquico modifica a estrutura de existência de um personagem, o garoto Aleksander, o que causa uma tremenda confusão além do que ela pode ser contida ou realmente revelada na sua essência. Aleksander é para o conflito do terceiro episódio o que Laura Palmer é para toda a série Twin Peaks, ela não é somente uma pessoa, ela representa um poder, o próprio símbolo, a própria entidade, a própria questão, ela é uma linha do tempo, uma pequena raiz portadora de outros filamentos, que brota de uma raiz ainda maior que as vezes até pode ser considerada como uma árvore, um único sonho com muitos segredos tão imperscrutáveis que se tornam assustadores!


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BY r.l.

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