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Destaques

A VERDADE na Guerra: Quem é o Homem do Castelo Alto? Isto é um jogo!?

 *Atenção, esse texto só leva em conta os eventos ocorridos até o final da segunda temporada de O Homem do Castelo Alto. Essa fase pode ser um ciclo fechado ou pode ser um ciclo fechado que se reúne a outros ciclos, e então poderíamos ver alterações que mesmo aparentes, não modificam a essência dos primeiros arcos (1a e 2a T) Na sala da minha casa com os Dvd’s piratas dos amigos da minha irmã, em muitas daquelas tardes nós assistíamos Naruto; o arco do Sora é um dos que mais me recordo, começa especificamente no episódio 57 da 3T , justamente porque o discurso do “rei e os peões” ficou gravado em mim e se tornaria parte da minha construção. Asuma-Sensei, que considero como um professor virtual, tem grande papel nisto, ele usa o esquema do jogo Shogi “o jogo dos generais” para se movimentar e explicar como o mundo acontece, contudo, esse arco é todo baseado neste jogo de poderes. O episódio 63 se conclui com o Sora segurando a peça “Rei”, quando anteriormente nos é apresentado o confli

A PELE DA SERPENTE

 


Este é um breve ensaio apenas para juntar algumas informações, primeiro para mim, depois para os outros. Esta bastante carente, pois é um rascunho que avançará com o tempo. Por agora um registro.


EU ADMIRO O INTELECTO, NÃO A AÇÃO.


Eu coloquei esta frase logo a princípio para que os falsos-moralistas ignorantes não encontrem liberdade para despejar suas asneiras, condenando pelo que não compreendem qual o sentido completo da coisa e nem pretender chegar nele!

Este é um tema que me fascina tanto porque eu me fascino em todas as vertentes da Psicologia, e porque eu sou apaixonada por Biologia (especialmente Genética) e também por estar definitivamente envolvida com os “temas espirituais” sendo essas coisas pontes entre si e não oposições. Não estarei precisamente falando sobre assassinos e pessoas mentalmente perturbadas, mas como possivelmente os nossos instintos animalescos funcionam – do meu ponto de vista e experiência.

Na infância e até pouco depois da puberdade eu estava envolvida em muitos instintos violentos de maneira consciente, o que quero dizer é que eu percebia o que estava fazendo e sabia que não devia fazer conforme o que me ensinaram, contudo o prazer por praticar era gostoso demais e eu não encontrava uma razão forte o suficiente para reprimi-lo, as regras sociais, psicológicas, nem mesmo os laços plurais entre os indivíduos não tinham poder suficiente para me travar do que eu pretendia e aqui cabe a grande ressalva:

Eu não sentia medo, mas no lugar do medo estava a precaução durante o ato. Eu nunca calculei a ação, ou seja, não era premeditado, mas passava a calcular assim que surgia o alvo. E o fato que é mais considerável para mim, em nenhum daqueles momentos eu me questionei sobre minhas atitudes e sobre o que estava desejando e como consegui-lo, não havia qualquer conflito para o bem ou para o mal, apenas o automático e aqui pode parecer que seja oposto ao que eu disse sobre realizar de maneira consciente, mas não é, porque quando eu digo que eu estava consciente ao realiza-los quero dizer simplesmente que conhecia a existência das consequências e mesmo a punição tanto que quando via que podia ser pega em flagrante tratava de me livrar da ação, fui sempre tão espetacular nessa retirada! Mas só agora eu olho para isso com vaidade proposital, porque naquele tempo eu realmente não pensava em questionar.

Foram pequenos fatos, mas que se bem analisados, podem nos dá grandes pistas, como uma gota do oceano. Eu utilizei a palavra “violento” porque de fato tudo o que me movia estava completamente envolto nessa aura, mas é um tipo de violência que espera, não é um estupor de fúria como um Hulk, é uma frieza belamente contida que se enamora enquanto pratica. Ouvi outros casos, pessoas que tiveram experiências semelhantes às minhas, e pela Psicologia isto é natural no homem, certamente temos algum grau de muitos distúrbios e complexos, mas é certo também que os níveis de pessoa para pessoa diferem, e aqui está o pulo do gato que a ciência não consegue pegar.

Havia uma certa raiva que funcionava como combustível para a frieza violenta. Eu era insuspeitável, ninguém nunca me culpou pelo que seja ou desconfiou de mim; porque eu era o garoto calado e tímido, inofensivo? Os especialistas costumam dá isso como parte da resposta do porquê não é habitual suspeitar de um assassino em série, por exemplo. Em seguida eles dizem que essas pessoas são extremamente sedutoras, isso eu considero como correto também, mas de onde vem essa sedução? E o que exatamente é tão atraente que cega muita gente? Há uma fala (supostamente) do Unabomber no documentário Unabomber: Suas Próprias Palavras –  Ep.1 (reproduzida pelo irmão dele) que fiz questão de separar para este ensaio; meus estudos concordam com o que foi deduziu:

– Pessoas muito inteligentes têm um traço sádico. Quase todas elas.

O Sadismo é o impulso sexual assassino dentro de nós. A energia sexual tanto na Psicanálise quanto nas vertentes de misticismo é a força mais poderosa que brota e move os seres humanos e suas sociedades. Mas é muito simplória todas as conclusões nas quais a ciência chegou até hoje. Como experiência própria, o momento mais antigo de sexualidade ressaltada em mim é já do período da creche, e como eu disse acima, todos os meus atos eram recompensados pelo prazer e pela dor que me ofereciam, mesmo a dor que provocava no alheio, só posso comparar isto à imagem furiosa da besta que depois de esquartejar o corpo, os pedaços de carne estão presos aos dentes incomodando-os deliciosamente e quanto mais os incomoda, maior o desejo dos próprios dentes em serem espremidos... Tais coisas podem aparecer em comportamentos de imagem não tão absurdas quanto essa cinematográfica, mas tão ocultas e imperceptíveis aos olhos descuidados.

Não seria essa energia sexual com a sua aura poderosíssima aquilo capaz de seduzir? O sexualismo não se trata unicamente do ato sexual, mas é um complexo muito grande que define quase tudo em nós senão todas as coisas, então se enganam aqueles que pensam que distúrbios sexuais estão unicamente condicionados a pratica do sexo, isso é um grande erro!

A sedução é o pilar do sexualismo, seja atração física, seja atração intelectual, atrações mórbidas, atração espiritual, qualquer destas e de quaisquer outras envolvem encantamento, mesmo quando nos sentimos representados pela figura, ideias ou posto de alguém ainda é um tipo de sexualismo já muito maquiado na Psiquê, enfim... Quero que compreenda isso. Mas como pessoas que nada tem a ver com um sádico, por exemplo, podem instantaneamente ficarem cega diante dele?

Lembro de um episódio interessante da série Dahmer: Um canibal americano, a cena em questão foi uma reconstituição de um episódio real; Dahmer estava com um cadáver esquartejado dentro de seu carro, foi parado por um policial, deu uma desculpa qualquer e foi liberado. Muitos poderão dizer que foi preguiça e desleixo do policial, isto também é válido, contudo, não é um momento particular, várias vezes ele foi acreditado bastando dá uma desculpa ou encontrando um momento propício a seu favor, e aqui acontece uma coisa medonha. Ele não procurou nenhum momento propício, todos os momentos propícios vieram até ele, por que e como? Há algo oculto ajudando? Há algo encontrando o terreno bom no meio da cegueira humana ou movendo as pessoas para que se tornem cegas? Será que a sedução que essa inteligência aplica vem somente do interior de seu portador ou há algo envolto nele ou mesmo algo nas cortinas do nosso mundo?

No ano passado fui vítima de um roubo aplicado via internet. Eu sou bastante desconfiada de tudo, e costumo analisar e investigar as coisas antes de cair em abobrinhas, mas o que aconteceu comigo naquele dia em que simplesmente realizei a compra de algo sabendo que o site era desconfiável? Embora eu tivesse em mente a probabilidade de que fosse uma furada, em nenhum momento em me vi em perigo, eu não pensei, apenas agi automaticamente e pronto, não demorou muito para que eu descobrisse que fui roubado! A primeira coisa que eu me disse foi : Como fui ficar tão cego! Em seguida eu conclui que quando o mal quer agir, e talvez a pessoa esteja aberta a não vê-lo, ele tem total poder para movimentá-la e cegá-la! Veja, naquele instante atribui à ação negativa de alguém, uma forma e um poder de raciocinar, uma Inteligência, como se tal coisa fosse um ser, como você é um ser, como eu sou um ser! E não estou falando dos ladrões por trás disso porque estavam bem longe, mas as intenções corruptas que eles carregavam trabalharam do lado de cá para me envolver e encontraram o terreno para seus portadores agirem. Com quantas pessoas coisas semelhantes acontecem a cada minuto todos os dias?

Eu mesma tenho a minha experiência. Nunca fui pega, a situação sempre se desdobrava a meu favor e a minha palavra nem era questionada, por mais que eu apenas respondesse negativamente, e isso é só porque eu aparento um pobre coitado idiota? Para explicar a mim mesma que eu me safava facilmente eu me dizia que tinha dois anjos, mas isso já um tempo depois no fim da adolescência quando realmente comecei a pensar sobre o que havia acontecido. Talvez as pessoas subestimem demais as outras e então por isso caem nessas coisas, talvez... Mas há alguns que desconfiam, já topei com um deles.

Calma que eu não matei ninguém, mas e quanto a essas pessoas que não conseguem digerir esses distúrbios (talvez naturais)? Como o Unabomber, por exemplo. Eu admiro a Inteligência dele, e acredito que essa Inteligência tem uma pele sensual ardente e capaz de responder por si própria. Eu admiro no sentido de que quero compreender porque fascina-me os mistérios da Vida e como eles são perfeitamente construídos. No mesmo documentário do Unabomber, ep.3 há uma fala saída da própria boca dele reproduzida por uma gravação ao mostrar um desencantamento pelo trabalho do FBI e ao mesmo tempo uma satisfação consigo mesmo:

– Uma coisa que aprendi, surpreendentemente,  é que isso tudo é muito menos eficaz do que as pessoas pensam (referindo-se aos métodos de investigação). A tecnologia é útil se for usada com inteligência, mas se for usada por pessoas incompetentes, não é eficaz.

E por acaso a conclusão dele não é coerente? Deveria eu desmerecê-la por ter saído da mente de um criminoso cruel? Basicamente essa conclusão argumenta a favor de todo o seu Manifesto, de fato, mesmo para operar uma máquina superinteligente é necessário um operário competente que a possa manipular, a não ser, é claro, se elas se tornarem completamente autônomas, e nisto aqui consiste parte do seu argumento, esse elemento que ele considerou perigoso embora não tenha escrito explicitamente sobre um apocalipse-zumbi-robótico! Ele certamente se gabava de sua inteligência, por que será que ele ri várias vezes depois que conclui falas? Será que tem o sorriso solto ou só está se satisfazendo consigo mesmo enquanto usa a jornalista de plateia e o gravador de palco? Eu não sei... Pode ser que ele não esteja nem aí.

Você me lendo aceita e já consumiu muitas conclusões e nem sabe de onde elas saíram, então não faz nenhuma diferença se pretende usar algum senso moralista, essa coisa é sempre muito fragmentada e pessoal, não conta para a análise. E por fim, uma fala no filme Ressurreição – Retalhos de um Crime, explica todo o cerne deste pequeno resumo. O policial que conversa com o detetive Prudhomme (Christopher Lambert) se incomoda concluindo antecipadamente através de seus sensos corruptos de moralismo, que o detetive está compactuando de alguma forma com o assassino, no que o detetive rapidamente o corrige explicando:

– Não tenho dúvida que ele é louco, mas tem muita inteligência. Você acha que dá pra sair por aí e encontrar um cara de 33 anos chamado Pedro que por acaso é um pescador, ou alguém chamado Matheus que é um coletor de impostos?! Não está vendo que ele planejou tudo isso?! A época... Eu admiro o intelecto, não a ação. Sabe o quanto é difícil a fuga por homicídio!? Existem 50 maneiras de esconder um crime e se conseguir pensar em 20 você é um gênio, por enquanto esse cara tá ganhando de mil! 

(assista ao filme para saber do que ele está falando!)

Vejam, senhores! Isto sim é que nos leva a solução e não achismos. Uma mente que separa o que precisa ser separado para estudar o que precisa ser estudado, não um pote de pré-conceitos cheios de distúrbios pessoais!

Nós temos que estudar essas coisas, compreendê-las, isso é o que temos que fazer. Não somente pela ciência, mas por todos os recursos, não ignorar nada e não induzir os outros a acharem que porque estudam determinado assunto estão compactuando com o que lhe parece negativo dele. Eu sei que é sensível, mas alguém tem que fazer.

Desde sempre me disse a mim mesma que a minha Existência seria sempre o aglomerado de experiências que eu utilizarei para me explicar e me explicando, explicaria aos outros. Eu gosto de pensar como o cientista e o rato de laboratório, para mim não há maior satisfação e utilidade que isso. É bom ser útil, quem me ouviu sabe que eu sempre falo em utilidade, todo mundo vai achar isso agradável .... SER ÚTIL ..., mas e se eu dissesse que o anseio da utilidade é um traço de psicopatia? Isso quer dizer o que? Que todo mundo é psicopata? Claro que não, tolice e ignorância, apenas que do lugar de onde sai a vontade de ser útil também sai o impulso pela destruição. 

Existe na Psicanálise um termo "Sublimação", basicamente é quando você transforma um potencial negativo em um potencial positivo, por exemplo, se você tem propensão à agressividade, então você se voltará para algum esporte que assegure que você vá alimentar esse impulso agressivo. Isso acontece naturalmente na sociedade, é um mecanismo psicológico, um dos motivos do porque as pessoas se identificam com seus trabalhos ou com o aquilo no qual desejam trabalhar.

Muitas pessoas que leram os meus textos (principalmente os poemas) e acompanharam minha forma de me expressar conseguiram perceber o quanto de furor, violência e paixão há nas minhas linhas, esse modo de escrever, de experimentar (literalmente) o gosto das palavras, de exprimi-las, e de como entregá-las ao leitor para que ele se sinta possuído, enfermado, destruído, atiçado, envolvido e excitado é o caminho que ganhou todas aquelas minhas ações anteriores. Este é um modo saudável ( o que quero dizer, aceitável pro convívio social) de sadomasoquismo porque trata-se de uma experiência literária apenas, algo mais do imaginário... 

Mas como eu disse... Você consome muitas ideias e não sabe de onde elas saíram e de repente elas fazem parte de você e você as defende porque se tornaram suas. Não podemos nos desvincular dessas situações, todos nós estamos no mesmo mar, ou porque somos influenciáveis ou porque realmente somos as metades do Outro ou porque as duas respostas estão corretas e provavelmente há uma terceira oculta.


By Ros Lima, 21/11/22 concluído às 16:44


Comentários

  1. Nossa, há muito cientificismo do contraditório. É ciência pura. Você pensa como homem Ros. Eu gosto a sua violência e seu atrevimento. Isso faz de ti uma autêntica...

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