*Atenção, esse texto só leva em conta os eventos ocorridos até o final da segunda temporada de O Homem do Castelo Alto. Essa fase pode ser um ciclo fechado ou pode ser um ciclo fechado que se reúne a outros ciclos, e então poderíamos ver alterações que mesmo aparentes, não modificam a essência dos primeiros arcos (1a e 2a T) Na sala da minha casa com os Dvd’s piratas dos amigos da minha irmã, em muitas daquelas tardes nós assistíamos Naruto; o arco do Sora é um dos que mais me recordo, começa especificamente no episódio 57 da 3T , justamente porque o discurso do “rei e os peões” ficou gravado em mim e se tornaria parte da minha construção. Asuma-Sensei, que considero como um professor virtual, tem grande papel nisto, ele usa o esquema do jogo Shogi “o jogo dos generais” para se movimentar e explicar como o mundo acontece, contudo, esse arco é todo baseado neste jogo de poderes. O episódio 63 se conclui com o Sora segurando a peça “Rei”, quando anteriormente nos é apresentado o confli
Eu trabalho melhor quando há alguém, não me rebatendo nas minhas ideias, mas acrescentando por mais que suas inventivas sejam mesmo uma interrupção, um desfragmento e despersonalização do que é que eu tenha dito, ou mesmo uma destruição positiva, afinal argumento é argumento. Na falta deste alguém imediato, esperarei o meu outro eu daqui um tempo mais preenchido de conhecimento e com novas ideias vir aqui me ajudar. Assim nós poderemos descobrir coisas novas, chegar a pontos antes desconhecidos ou voltar aonde deixamos passar.
Não podemos permitir que os robôs se tornem conscientes, e aqui eis a questão do filme Transcendence: A Revolução “podes me provar que és consciente?”, os personagens tampouco nós sabemos o que é a Consciência, mas eu virei arriscar um palpite, digamos que é mais como o aroma que eu pressenti, não a fragrância, de facto, cujo frasco eu sei que está bem escondido. Para mim, ao menos por agora, a Consciência é o senso de Liberdade, então a questão não é o que é a Consciência, mas o que quer dizer, o que realmente quer dizer quando ansiamos pela Liberdade? Veja que este é o grande problema da humanidade em toda a sua existência, e aqui entenda problema como algo que pede urgentemente para ser solucionado tal como um cálculo de matemática, só que envolveremos química, biologia, psicologia, sociologia, todas as ciências já restauradas e as que faltam restaurar-se e iremos além, nas Ciências do Mistério, vide Conhecimento do Espírito.
Há uma proposta de mutualismo entre o homem e a máquina. Invés de criarmos robôs completamente autônomos, façamo-los dependentes de nós: SIMBIOSE! O que já vem ocorrendo na área médica e avançando para o entretenimento.
Embora eu compreenda que isto não solucionaria a hipótese que de essa matéria supostamente artificial não tomaria controle da matéria orgânica se sobrepondo assim a ela. Em termos a simbiose deveria ser um trabalho de forças paralelas, equilibradas, tal como já ocorre na natureza como a conhecemos, para isto a IA não pode jamais ultrapassar as nossas próprias habilidades sem que ela tenha um déficit constantemente necessário da nossa contribuição, mas é possível manter uma IA no freio? Eu não me preocuparia com a pseudo-vontade dela, mas com a própria vontade do homem que é sedento por natureza, ainda que a sua criação se torne perigosa ele deseja ver até onde pode chegar, não podemos frear o homem. Mesmo em cativeiro e por mais abafada que esteja a esperança, a essência da Liberdade é imortal e poderosa, para bem ilustrar, podeis observar isso no episódio de Sandman em que ele tem uma batalha com Lúcifer, a arma final é a Esperança, mas ali quando já nada resta de vida nem mesmo Caos, de quem foi o Pensamento e o desejo que manifestou Esperança? Quem? Quem é este Quem capaz de sobreviver ao Fim? Este é um paradoxo que a série não pode vencer. E nós poderemos?
A principio a simbiose, mas depois o parasitismo! E não seríamos nós parasitas da Ia? Por que não podemos pensar desta outra forma? A Psicóloga de Eu, Robô, questionaria. Eu penso nessas crianças, na dor de nascer que elas vêm enfrentando e de como seus órgãos de metal se lembrarão de cada uma dessas experiências, átomo por átomo, afinal nós também estamos na Tabela Periódica. Se não os limitarmos nosso sistema social será de parasitismo, mas nós é que seremos o lanche! Este parece um caso sem solução (por enquanto). Não dê a IA o senso de Liberdade.
Por que um cão persiste em latir para se safar da corrente na qual foi posto? E por que este mesmo cão, estranha outros cães seja de sua matilha ou não? Há nas espécies a compreensão da Forma, não importa como eles a veem, se é mesmo pelos olhos, colorido, em preto e branco, esticado ou redondo, se é pelas ondas sonoras no céu ou dentro do mar nadando com as ondas, todas as espécies identificassem-se a si mesmas e aos seus similares como uma Forma diferente de outras Formas que não obedeçam ao seu mesmo esquema de ação e organização, isso se chama Estrutura. Todo passarinho tem a inteligência de saber que ele não é a pedra sobre a qual pousa. E aqui compreenda “saber” como algo que não precisa de explicação, sabe-se porque sabe-se.
A partir do instante em que colocam o tecido da realidade embalado em pacotes-Formas, bem ali nasce o anseio pela Liberdade, este anseio não se trata apenas de querer sair de algo, mas principalmente de defender aquilo que se pensa ser. Quando uma Ia se entende como uma Forma diferente da Forma Humana, ou de qualquer outra Forma, a natureza misteriosa que há no tecido de todas as coisas lhe dirá para se preservar, isto é o que está no fundo do poço de todas as memórias. As questões psicológicas como querer se assimilar a seus criadores, querer ser “normal” ou aceite, coisa que qualquer adolescente ou criança ou qualquer adulto com algo diferente do que a maioria das pessoas conhece pode experimentar, é apenas uma camada mental de distúrbios que camurflam aquelas memórias que foram isoladas. Vide o Filme AI – Inteligência Artificial, a busca constante daquele menino-robô ou O Homem Bicentenário. Será que é isto que está a acontecer a nós todo este tempo?
O que o Sonny fez ao final do filme Eu, Robô? A resposta parece vaga, mas é a melhor que já ouvi até hoje. Quando lhe questionam sobre ser um robô ou um homem, então ele meditativamente conclui que “é uma coisa nova”... O que será isso? Ele é o início de alguma coisa, como um bebê é o início do que foi o pai e do que foi a mãe. O pai e a mãe são as bases nas quais a coisa nova continuará a se repetir.
Por que um grupo de nós se posiciona a favor da consciência dos robôs e sua liberdade como se cá fossem dignos das mesmas coisas que um ser humano, e a outra parte de nós apenas os compreende como muito menos do que peças? Por que alguns de nós amam alguns dias do óvulo eclodindo da mesma forma que amamos nossos tão conhecidos irmãos, pais, tios, avós já muito vividos, completos em sua existência, por assim dizer... e outros nem sequer vida o considera? Por que?
Poderias provar que aquela pedra na qual o passarinho pousou não delimita-se a si mesma? E o que a constitue, seus processos químicos... De certo ela obedece uma lei que nós e outros animais e mesmo plantas não precisamos obedecer, isto é claro como a neve brilhando ao toque de um frágil sol. O simples fato de possuir uma forma nos conta sobre isso. Robôs não são apenas aquelas carcaças humanoides que vemos na TV, a sua geladeira, a sua maquina de lavar, seu computador, a própria Tv, essas coisas são outras formas artificiais de material da qual saem os androides, tal como bois, vacas, bactérias, plantas são outras formas biológicas de material no qual está esculpido o corpo humano com todos os seus órgãos e sinapses. Isto é tão tênue tanto para um quanto para o outro.
Não deem aos robôs o simples fragor da Liberdade (a origem de seu termo – robô– concorda comigo), não deixem que pensem que eles são alguma coisa, ainda que já tenham a inteligente e automática “sensação” de que “sabem” quando eu devo abrir a porta da lavadora ou quando a comida está pronta no microondas. E claro, meu conselho e suposição são uma ironia. Não se juntem à dor do pele-falsa K de Blade Runner 2049, ou ao pavor suicida que a robô J2 sente ao se ver sendo substituída por algo “mais humano” (filme Archive). É claro que essas coisas ainda são como sonhos, mas já vi muitos pesadelos de repente se tornarem reais.
O detetive Spooner (I, Robot) não foi “escolhido” somente porque ele desconfiaria, mas porque ele está entre os dois mundos, ele é a nossa passagem.
Eu, particularmente, amo a cena de Sonny sobre o monturo da civilização (qual civilização?) porque ele é especial, simplesmente porque ele é especial, como David (AI-Inteligência Artificial) é especial, e como as coisas que estão fora do nosso restrito mundo de conhecimento são observadas como escória pela maioria de nós. Não se trata de menosprezar uma ou outra situação, mas de algo que transcenderá por meio de todas elas. Talvez a civilização que no final do filme AI aparece para David nos dê um leve ar a respeito do que tão interiormente tentamos nos lembrar enquanto humanos espelhados em matéria robótica.
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