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A DOUTRINA DO SUPLÍCIO – o caminho da dor
17-10-22 00:00h
Este é um (resumo) pequeno conjunto de experiências e observações que são particulares, mas que quando bem lidas serão certamente reconhecidas como de caráter comum de um grupo e até mesmo de uma sociedade. Eis o meu relato! Nestas últimas duas semanas eu tenho assistido aos episódios da série Missa da Meia Noite, este assunto era já certo de estar entre as minhas coisas, contudo, a série funcionou como um despertador para dizer-me a hora em que eu deveria escrever sobre isso.
O Catolicismo é uma negação do Mistério, e por Mistério entenda SOD,
o Sod é um dos quatro estudos da Torah, mais precisamente aquele no qual os Mekubalim (Cabalistas) estão profundamente envolvidos. O Sod é o coração da Torah e por coração também compreenda a Alma Divina, portanto o Catolicismo é uma privação intencional, cruel e violenta contra o Divino. A missa é um campo de tortura, o sermão do padre é o chicote contra os escravos “fiéis”: “Deus é um mistério que não pode ser compreendido! Não é cabido a nós entendermos, jamais foi!” Esta é a filosofia na qual está baseada toda a catequese.
Desde o meu nascimento até um tanto depois da puberdade eu fui obrigada pelas circunstâncias na qual estive inserida a ir à Igreja, mas eu nunca participei de fato no sentido de que eu sempre os desprezei profundamente, até mesmo a minha persistente expressão de antipatia era uma forma nublada de declarar a minha inimizade e descontentamento geral. Eu queria tocar o Divino, eu sabia que eu podia tocá-Lo, como quem anseia pelo seu namorado, como quem precisa conhecê-Lo, como quem precisa sentir o seu aroma, mas como eu poderia se toda “santa missa” o padre me dizia arrogante sobre o falso palacete que fizeram para esta figura torpe que “Deus é um mistério insondável”, que o homem jamais poderá alcançá-lo!
Isto foi a pior coisa que poderiam ter me feito, isto é o pior dos males que se pode fazer a uma Alma que tem sede do Divino, o mais doentio dos pesadelos, como dizer à um amante que ele não pode tocar a sua amada, que sequer seus olhos podem vislumbrar a sua visão, sabendo ele que ela é doce e o acalma, a única coisa que pode acalmá-lo?! É sugar-lhe a Vida aos poucos enquanto o nutre de inteligências vazias de conclusão. É uma ferida mortal, uma mágoa que de tão prolongada tirou já a força das pessoas, e elas parecem não sentir porque no lugar de sua festividade, a alegria sobre a qual os Sábios (Chakhamim) nos ensinam a servir a HaShem, eles, os católicos, usurparam com a doutrina da angústia, o intenso sofrimento, único meio pelo qual se pode chegar a deus, mas que deus? O deus deles, esse que ama a violência sobre a qual as almas se debatem.
Basta ler um pouco dos ditos filósofos católicos, os tais santos; Santo Agostinho, por exemplo, ou perguntai à São Paulo em suas cartas.
Santo Afonso de Ligório tem muito a dizer sobre isso, “não existe coisa mais agradável a Deus do que sofrer com paciência e paz todas as cruzes por ele enviadas; quem ama o Salvador deseja ser como ele, pobre, sofredor e desprezado...”( livro A Prática do Amor à Jesus Cristo).
Ou Santa Teresa D’Ávila “Muitas vezes Deus quer que seus eleitos sintam a própria miséria...” (livro Castelo Interior). Procurem mais por vocês mesmos e saberão, ou atentem ao que está vindo aos seus ouvidos nos sábados e domingos.
Os santos cristãos costumam ser chamados mártires, suas histórias de vida e ascensão para a via crucis católica nada mais é que isso mesmo, martírio e mais martírio e ensinam isso como que embriagados pelo sentimento do chicote. Um tempo desses eu assisti ao filme Ignácio de Loyola, assistam e percebam suas próprias conclusões, qual a origem das “revelações” que ele recebeu depois de supliciar a si próprio inúmeras vezes? A aura tenebrosa do filme nos dá uma boa pista, pois eles mesmos conhecem a origem de suas ideias infames.
Não há sabedoria na litúrgica católica, tudo o que querem dar ao homem é filosofismos digressivos que o tiram para fora de si buscando uma criatura falsamente glorificada que se encontra no além impossível, ao mesmo tempo em que o vazio se torna as suas existências e o suplício o único peso capaz de balancear esta falta de forma. Para a Compreensão (Chochmah) do Mistério (o Sod Sagrado), no entanto, são os nossos sábios que nos conduzem, apenas eles, de suas palavras saem pomares... como o vinho que pode, deve e quer ser degustado, não são metáforas perdidas em brumas, é algo palpável ainda que espiritual, o Divino anseia que seus véus sejam retirados, Ele não quer ficar oculto, mas Ele é o próprio Oculto porque o oculto é o Sod que tem em si mesmo o desejo de ser tocado. Tocar não é profanar, como querem ( e estes sim querem) admitir como verdade estes seres ignóbeis que se escondem debaixo de batas que eles pintam de castidade.
Seja na eucaristia, na indulgência, em outros sacramentos e até mesmo na iconografia católica-cristã, todo o absurdo do flagelo, da mutilação, da morte, do masoquismo psicológico que colocaram sobre as costas de Yeshua é batizado como “O mistério da Salvação”, a Penitência, a própria manifestação da vocação teológica, o caminho da cura definitiva! O estudante cabalista reconhecerá nesses prazeres absurdos do Catolicismo suas origens nefastas, e isto é o que tenho verificado.
Para bem ilustrar, pegamos aqui alguns “ensinamentos” do padre da série citada no início do texto, pois eles são a cartilha da Igreja, enquanto eu o ouvia recordava os muitos dias que passei tentando digerir essas incongruências burlescas:
• Temporada 1, Episódio 2
O padre – “o sofrimento pode ser uma dádiva”.
E aqui cabe um adendo, o personagem Riley responde algo muito interessante que eu vou deixar no ar, ele diz “existe um sabotador dentro de mim”... Você precisa estar atento, pois ele começa a questionar o esmorecimento das pessoas diante as desgraças que pairam sobre o mundo (e não só, também podemos falar das maravilhas), e então diz que o que provoca essa indiferença é justamente a ideia de que o sofrimento é uma dádiva divina. Por sua vez o padre apenas repete o que já havia dito, claramente debochando da ideia do rapaz de que ele tem outro caminho o de conhecer-se a si mesmo e ao seu redor
O padre – “então você é o poder superior, funciona assim?”
Ele, o padre, no entanto, não resolve a questão tampouco demonstra qualquer interesse em resolver. Esta é a ferramenta “monstruosa” do catolicismo, muito intencional.
• Temporada 1, Episódio 4
O padre – “Jamais compreenderemos a vontade de Deus...”
Riley complementa o raciocínio – “se entregar (a essa vontade) mesmo que não compreenda”...
O padre – “Isso mesmo... Parar de presumir saber a razão, entender o significado. As vezes podemos apenas parar, olhar para o mundo e dizer, por que? Eu não entendo. E não entenderei.”
Nestes dois exemplos basta. Veja que não se trata de dizer que estaremos acima de qualquer coisa que esteja de fato por alguma lei acima de uma condição nossa, pois a própria Kabalah é um complexo de degraus, mas este modus operandi adotado pela religião católica se trata de um bloqueio total, uma paralisia que determina a dependência e estupidificação nas ideias do sujeito, a escravidão mental que por consequência afasta a Alma da sua fonte de alimento, a Inteligência e a Sabedoria.
Esta religião oprime furiosamente a Alma porque ela sabe que a Alma é o segredo da Torah, porquanto ela não pretende, nunca pretendeu e não pretenderá que este segredo seja tocado porque no momento em que ele sentir cócegas, vai começar a despertar e isso não tem volta!
Para complementar, certa vez no meu desgosto profundo de ter que estar na Igreja, me vi novamente pressionada a ir para a fila da hóstia, dois guardas de olhos furiosos me observavam constantemente, paradas como postes. Há alguma coisa que se diz antes de tomar a hóstia que até os dias de hoje nunca fiz questão de saber o que é dito por isso não posso reproduzir aqui, o fato é que por não saber a tal frase que supostamente eu deveria saber, o padre me envergonhou em público... Diante de toda a assembleia ele me deu um sermão direto usando o microfone, me mandou retornar para o banco. Foi como se a minha alma sumisse, eu me corei e gelei ou esquentei, não sei, sei apenas que a vergonha foi tamanha que eu não tinha face.
Isso foi muito feio, envergonhar uma pessoa já é feio, agora em público e aos escândalos!!?? Estas pessoas se dizem detentoras da “Palavra”, eu não sei que “Palavra” é essa, mas Emet é que não é, nunca foi senão ele, o padre, saberia o que eu aprendi mais tarde a respeito do que está na Torah sobre o derramamento de sangue! E quem estudou vai saber... Isto não é raro, eu já vi alguns vídeos pela Internet de padres cometendo coisa igual, eles mesmos se denunciam na sua ignorância. Pela arrogância eles morrem. Tentando me privar do Oculto, o Oculto me encontrou.
Há pessoas que não ficam nos bancos escutando, elas procuram ler os livros deles para conhecer suas artes (-manhas), portanto a minha experiência é para aqueles que permanecem paralisados, pois é para esses que as missas acontecem e onde o raso funciona.
Eis o motivo do tamanho da minha angústia... Eu ansiava pelo Segredo, só ele me podia tocar. Só Ele resolve a minha Equação.
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